Tibete

Acho que vou tudo abandonar
Em uma montanha do Tibete morar
Um incenso queimar
E uma oração pela humanidade entoar

Vestir roupas de monge
Meditar sobre o perto e o longe
Respirar cada momento
Purificar cada ressentimento

Tudo equilibrar
O caminho do meio trilhar
O infinito me tornar
Imerso na vacuidade estelar

Supernova

Carnal e espiritual equilibrar
Não há porque o caminho do meio abandonar
Tudo é vazio de estar
Siga a contemplar

Respirar e observar
Nada existência própria dar
Desapegar significa amar
De maneira profunda e além-mar

Poesias rabiscar
Para o boddhichita alcançar
Sonhar e ir além do sonhar
Tudo é um sonho vazio de ar

O sol aproveitar
Com o todo se conectar
Siga sem titubear
Seja novamente uma supernova a brilhar

Vacuidade

Me sentindo sem nada
Vazio e curtindo a Estrada
Não há porque se preocupar
Tudo não para nunca de mudar

Vou as montanhas escalar
Compaixão inspirar
Amor expirar
A iluminação alcançar

Não há nada perdido
Nada ganho ou conseguido
Tudo se faz um
Tudo se conecta em todo e lugar nenhum

Liberdade (Changes)

Medo de mudar
Insistindo nos problemas ficar
Sensação de isolamento
Ou amor em aumento?

Priorizando o catavento
Largando sentimentos
É preciso atenção
Para responder com aceitação

Sempre gostei e tive de mudar
Mas o ego não gosta de acompanhar
Na mesma quer sempre ficar
E continuar a te aprisionar

Mas sou livre !
Como o cardeal a cantar
Como o vento a soprar
Como a luz do iluminar

Shamata

Inquietação quando não há nada a fazer
Ansiedade quando há muito a tecer
Continuamos nos extremos
Longe do caminho do meio

Respire e ouça a vida
Ela está dentro de você
Nunca fora
Ou no próximo amanhecer

Passe sua angustia a ouvir
Respire e ela vai se esvair
Nada dura muito tempo
Siga e continue atento

Primavera‏

Sol raiando
Pássaros cantando
Pessoas se alegrando
A primavera tudo iluminando

Foi tudo aflorar
Flores, cores, bem-estar
Nada a pensar
O ar fresco respirar

Há como brotar
A nova vida esverdear
A tulipa enfeitar
O novo momento festejar