sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Carta do Poeta decadente



Deus ! Deus !
Onde está minha criatividade ?
Onde está minha arte ?
Eu cheguei ao topo
E agora ? E agora ?
Agora não sou nada
Não tenho mais nenhuma poesia
Minha mente ficou em pura anestesia
Já tentei drogas, religião, bebidas
Mas o que consegui ?
Nada, nada !

Por favor me enterrem
E ponham na lápide
“Aqui jaz o ex-poeta decadente
Que se esqueceu de como rimar
E vive como mendigo
Mendigo, sem arte, sem amigos
Levando uma vida medíocre
No escritório mais próximo
Desta cidade indecente !”
Caio Paquez Lucon