segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Relaxa

Nossa, quanta preocupação

Levaram embora seu coração

Acabaram com seu carisma

Te trataram como anarquista



Só queria beijar você

E sentir seu corpo estremecer

Queria derreter toda esta neve

E deixar o dia quente e leve



Nem sei pra onde vou

Mas sei onde estou

Nas asas do infinito

Respirando as flores da libido



É tanta ansiedade

Você perdeu até a identidade

Esqueceu que tudo passa

E que devemos tirar sarro e achar graça



Só faz um favor...

Relaxa !

Preconceito

Medo de não ser aceito

Medo do preconceito

Vivendo sempre pela metade

Para não sentir a humana maldade



Onde foi parar a compreensão ?

Se bem que ela só existe na contra-mão

Quando você é igual ao seu “irmão”

Quando faz tudo para a tal adaptação



Milhares passam por isto todos os dias

São as chamadas minorias

Em mundo que quer tudo massificar

Desde a terra até a estrela polar



Você é apenas um em um milhão

Te excluem como um cão

Não lhe deixam entoar a canção

Aquela melodia que vem do coração



Mas não desista e siga seu espirito

Saiba que estamos ao seu lado meu amigo

Ainda acreditamos que todos somos iguais

E um dia vão desaparecer todas estas diferencas banais

Nublado e frio

Totalmente angustiado

Sem energia e irritado

Pensando num futuro que nem sei se vai chegar

Inventando problemas onde não há



Buscando sempre uma nova sensação

E depois vem a frustração

Querendo estar em outro lugar

Um novo trabalho, um novo país, um novo lar



Nunca satisfeito com o momento presente

Querendo algo diferente

Sentindo frio na alma

O inverno me deixa sem calma



Cansado de ter que provar

De ter que se adaptar

A um mundo falso e robotizado

Medo de ser amado



Há dias que nada faz sentido

E não encontramos nenhum abrigo

Há dias que não sinto o calor

Faz meses que não vejo o beija-flor



Fiz uma oração ao meu anjo da guarda

Para ter paz na alma

Esta tristeza toda vai passar

Se sua alma não congelar