quinta-feira, 28 de junho de 2012

Nada o tempo faz voltar

Mexendo naquelas coisas antigas
Me deparei com lembranças esquecidas
Bilhetes de saudades, de dor
De amizade, de amor...

O tempo não para
E a distância separa
Nem tudo melhora
Mas nem tudo piora

Você se sente amado
Às vezes desesperado
Insiste no futuro pensar
Sendo que ele chega num pestanejar

Alguns se distanciaram
Alguns te ignoraram
Outros ficam ao teu lado
Mesmo quando há mil milhas separados

É tudo tão fugaz
Mas às vezes vale à pena recordar
E não adianta chorar



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dúvidas e enrascadas



Não preciso decidir
Entre você ou ninguém
Preciso viver
Parar de sofrer

Cansei de pensar no futuro
Buscar um porto seguro
Não sabemos nem sobre o próximo minuto
Por que então todo este medo do mundo?

Tenho uma vontade de aloprar
Fugir, escapar
Quero explodir estas grades
E sobrevoar esta cidade

Como as pessoas amar
Sem no amanhã pensar?
Será o segredo respirar
E não ter medo de deixar passar?

Pensar cansa
Quem espera nem sempre alcança
E seguimos nesta estrada
Cheia de dúvidas e enrascadas

domingo, 17 de junho de 2012

Fuga

Aquela moeda no bolso
Me ajudou a lembrar do calabouço
Que impus a minha alma
Quando perdi a calma

Saudades de um passado
Vontades de um futuro sonhado
Onde foram parar aquelas canções?
Que escutávamos nos porões

Tudo era tão difícil
Parecia uma guerra servil
Mas parecia que ainda havia tudo
Quando fugíamos e pulávamos aquele muro

Não sei aonde vou parar
Só quero me encontrar
Eu peguei o bonde errado
Fui parar em um lugar gelado

Me deixe em paz
Cansei desta Alcatraz
Quero fugir desta prisão
Que coloquei em meu coração

Fugindo
Sentindo
Renascendo
Sendo...



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Que saudades





Que saudades do beija-flor
E de todo aquele amor
Que vontade de ir embora
E contemplar a aurora

Que saudades de ser eu mesmo
Corajoso e aventureiro
Que vontade de largar tudo
E dar as costas para o mundo

Que saudades...
Que vontade!

domingo, 10 de junho de 2012

Tudo bem, mas nada bem (só me resta o desdém)





Cansado de tudo aqui
Será que posso fugir para outro país?
Cansei de você, cansei de mim
Fiquei com medo de colocar nisto um fim

Tudo bem, mas nada bem
Só me resta o desdém
Daqui, do outro, do aquém

Esta dor de cabeça
Mostra esta situação avessa
Onde ainda há prazer
Mas a dor parece prevalecer

Tudo bem, mas nada bem
Só me resta o desdém
Daqui, do outro, do aquém

E você com este olhar
Me faz divagar
Será enganoso?
Trocar o certo pelo duvidoso

Tudo bem, mas nada bem
Só me resta o desdém
Daqui, do outro, do aquém

Tudo fica como um fardo
Quando não se decide de qual lado
Você quer estar
Quando se tem medo de arriscar

Tudo bem, mas nada bem
Só me resta o desdém
Daqui, do outro, do aquém

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Olhos verdes





Olhos verdes são insurgentes
Causam reações inconsequentes
Flertes quase indecentes
Que mexem com o coração da gente

Não sei no que isto vai dar
Mas cada minuto quero aproveitar
Pode ser que seja apenas um olhar
Apenas o sabor doce de conquistar

Tudo tão etéreo
Nada levado muito a sério
Fica tudo em entrelinhas mal-contadas
E no mistério destes olhos cor de esmeralda