quinta-feira, 29 de novembro de 2007

O Santo Graal


O cavaleiro saiu em sua jornada
Buscou aproveitar tudo que encontrava em sua cavalgada
Ele esperava que o mundo seu servo seria
E isto lhe daria alegria
Mas tudo que ele usufruía no final perdia

Seu nome era Parsifal
E buscava encontrar o Santo Graal
Não conseguiu achá-lo quando chegou muito perto
E sua alma se transformou no mais puro deserto
Ele era o melhor cavaleiro e todas as aventuras tinha vivido
Mas a resposta do paradeiro do cálice sagrado nunca tinha recebido

Depois de muito tempo encontrou o guarda
E para sua surpresa ele estava tão próximo quanto sua espada
Finalmente Parsifal pode lhe perguntar
“Para que serve o Graal ?”
E o guarda disse “O Graal serve ao Rei” em tom celestial

Agora Parisfal encontrou o Graal
Entendeu que de nada devemos usufruir
E sim nós devemos ao Rei se unir e servir
E esta é a única maneira da felicidade existir
Caio Paquez Lucon

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

A Beleza da Distração

Me peguei olhando para o bem-te-vi
Do outro lado em um banco percebi um casal a sorrir
Todos eles homens e bichos se alimentavam com a força da natureza
E vê-los me prendia em um êxtase de beleza

Nesta manhã com mensagens fui conquistado
Em um simples “oi” senti a força de quanto sou amado
Em algumas conversas uma supernova surgiu
E a consciência do viver o agora se expandiu

Não acredito mais na idéia fixa que angustia o coração
Eu vivo os momentos que me levam à sagrada distração
Afinal a distração não é um sentimento de negação
Ela anda de mãos dadas com a verdadeira contemplação.
Caio Paquez Lucon

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Escola Literária Poligâmica


Vi você passando por um instante
Incrível o que me provoca seu roupante
Logo após vi alguém muito interessante
Agora sim pensei em algo bem mais picante
Poligamia: amor e sexo em forma de poesia

Por muito tempo só com você fiquei
E percebi quantas chances desperdicei
Agora cansei.
Vou viver minha fantasia
Poligamia: amor e sexo em forma de poesia

Engana-se quem pensa que poligamia é libertinagem
Na verdade é ter coragem
É viver o amor sem posse, em liberdade
Fundo hoje a escola literária da poligamia
Matricule-se e receba agora sua anistia.
Caio Paquez Lucon
Que os poetas da mesma classe e crença se juntem a esta escola.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Conglô do Mal


Este pessoal promove estardalhaço
Afinal tem mulher-samurai, carneirinhos, Carmesim, palhaço
Conglô do Mal
Seres de outro plano astral

Tem guerra contra ETs
Tem o mentor ET Floyd da galáxia 69XYZ
Às vezes rola até um desgaste
Mais o importante mesmo é conseguir aquela festa no iate !

Tem garoto de boy band dos anos oitenta
Tem roqueiro à la Osburne que nem seu mau humor agüenta
Conglô do Mal
Seres de outro plano astral

Tem coqueiro que aparece quando o comandante da nave dá ré
Tem balada onde o pessoal deita no chão da Santa Fé
Tem menina-condimento que já namorou um anão do caderninho amarelo
Nesta turma tem até ex-cogumelo !

Conglô do Mal
Seres de outro plano astral
Mas nunca junte todos eles
Ou o universo explode num louco carnaval !
Caio Paquez Lucon

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Você : o herói


Tem dias que tudo que você sabe se esquece
Os antigos erros comete
Se comporta como uma criança perdida
E o que mais precisa é uma despedida

Despedir-se daquele que não é você
Você já tem consciência e não vai retroceder

Se sente extremamente mal
Mas no final do dia tudo isso é banal
Por que mais uma vez sua alma se regenera
Você respira fundo e a essência do herói se recupera


Caio Paquez Lucon

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O sol do forasteiro

Imagine um lugar onde ninguém te conhece
Imagine um lugar onde tudo acontece

Estou chegando quase lá
Onde não há máscaras a usar

Lá você se sentirá como um cavaleiro
E você encantará o mundo inteiro
Afinal o sol sempre brilha para o forasteiro
Caio Paquez Lucon

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Versos do Amor Platônico

I
Vai ficando mais casual
Vai ficando mais natural
Vai ficando mais sensual
Há um quê de atração astral

II
Você me deixa atônito
É a dádiva do amor platônico
Seu sorriso me deixa chocado
A paixão sempre traz o inesperado

III
Você passa e me coloco a olhar
Sua presença tem o poder de enfeitiçar
O que você se põe a pensar não me importa
Eu vou te conquistar

IV
Você quer dançar ?
Você quer cantar ?
Posso te dar o que desejar
É só se entregar

V
Fui te buscar
E você está mais perto
Tão estonteante quanto uma orquestra
Regida por um maestro

VI
Se o platônico envolve dor
Não sei, nunca experimentei
Lá só existe o lirismo do idealizado amor
Caio P. Lucon
( P. de Platônico ? )